Documentário “Entornos do Centrinho” conta a história das pessoas que vivem ao redor do hospital bauruense
Por Anne Hermandes para Social Bauru
Documentário “Entornos do Centrinho” conta a história das pessoas que vivem ao redor do hospital bauruenses
O Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC), carinhosamente conhecido como Centrinho, já mudou a vida de diversos pacientes.
Mas isso não é novidade, já que o hospital é referência nacional quando se trata do atendimento de casos de fissuras labiopalatinas, anomalias craniofaciais congênitas e deficiência auditiva.
Entretanto, além da importância que tem para as pessoas atendidas, o Centrinho também contribui para a cidade de Bauru, afetando positivamente as pessoas a sua volta.
Foi pensando nesse aspecto, que a equipe da TV USP, formada pela produtora Paula Marques, o jornalista Vitor Oshiro e o editor de imagens Guilherme Bacciotti, criou o minidocumentário “Entornos do Centrinho”.
Entornos do Centrinho
Ideia do jornalista Vitor Oshiro, a produção documental buscou relatar histórias das pessoas que vivem ao redor do hospital.
“Sempre mostramos as vidas que são alteradas pelos milhares de atendimentos feitos no Centrinho. Desta vez, pensamos em evidenciar como o hospital faz girar a economia em seus entornos e como ele também muda a trajetória de quem mora ali do lado”, explica Vitor.
Para escolher os personagens retratados, a equipe visitou os comércios locais e conversou com os responsáveis por eles, a fim de conhecer melhor sua atuação e motivação.
Assim, a produtora Paula Marques conta que a equipe se surpreendeu ao encontrar histórias que iam além da perspectiva econômica e envolviam “trajetórias lindas que se apresentam como lições de vida, resiliência e amor”.
Entre o processo de pré-produção, produção e pós-produção, Paula conta que levaram cerca de 30 dias para executar o minidocumentário, que foi realizado antes das restrições impostas pela pandemia.
Histórias paralelas ao Centrinho
No começo do processo, a produtora achou que seria difícil captar depoimentos sobre o tema de forma mais pessoal, pois esse tipo de linguagem subjetiva requer uma confiança recíproca entre os jornalistas e os personagens.
No entanto, o que aconteceu foi justamente o contrário:
“Tivemos a alegria de encontrar pessoas dispostas a conversar e compartilhar um pouco de suas vidas, com histórias tão pungentes. Assim, encontramos o Luís – que há quase três décadas oferece lanches e conversa a quem vai visitar seu trailer, e também, a Mere Ellen – dona de um restaurante fundado há 20 anos que nos surpreendeu com a revelação de que sua ligação com o Centrinho interfere diretamente em sua vida pessoal. Além disso, falamos com a Wanda – dona de pousada que abriu, não só um espaço físico de acolhimento, mas também o coração para pacientes com fissura”, revela Paula.
Para saber tudo sobre estas histórias, o público pode assistir ao documentário completo pelo Youtube.
Finalista do Festival Aruanda
Unindo a sensibilidade e delicadeza destas três histórias, o produto documental foi indicado no fim do ano passado como um dos finalistas da 15ª edição do Festival Aruanda do Audiovisual Brasileiro.
Foi o sétimo ano em que o núcleo bauruense chegou à final, concorrendo pela primeira vez na categoria “Documentário”.
Apesar de não terem vencido dessa vez, o editor Guilherme Bacciotti conta que a equipe ficou orgulhosa pela indicação:
“Ficamos muito felizes por termos esse produto específico na final do Festival Aruanda. É uma linguagem um pouco diferente das nossas outras produções finalistas que venceram o festival em edições anteriores. Fazer um documentário é algo que leva muito tempo. Então, fizemos algo mais enxuto e rápido, por sermos uma equipe pequena. E, mesmo assim, tivemos esse reconhecimento e competimos com ótimos documentários. É algo que mostra, mais uma vez, que estamos no caminho certo”, comemora.
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