Zoo caminha para virar bioparque
Por Bruno Freitas para JCNet
Filosofia já foi implementada, há R$ 5 milhões no Fundo do Zoológico, mas há entraves de licitações e falta mão de obra
O conceito de zoológico como conhecemos, com os animais enjaulados, o semblante triste e comportamento tímido, muitas vezes até estressado, vai acabar no mundo todo. E em Bauru não será diferente. Uma nova filosofia de trabalho, de tratamento da fauna, conservação, alimentação e barreiras naturais é tendência mundial. O JC apurou que essa nova ideologia já começou no Zoo Bauru e que o espaço municipal caminha para tornar-se, fisicamente, em bioparque.
Há pouco mais de 15 meses, a gestão passada realizou um estudo aprofundado que direciona o formato de tratamento e interação com visitantes para o Zoo deixar de ser um centro de entretenimento e tornar-se um ambiente de bem-estar. O Zoo possui cerca de 680 animais e 10 hectares de área para visitação. Antes da pandemia, a arrecadação com bilheteria era em torno de R$ 1 milhão por ano, com média anual de 250 mil visitantes, de Bauru e outras 50 cidades da região.
Nesta concepção de bioparque, saem de cena as grades, aumentando o espaço dos bichos, o tipo de solo, a entrega da alimentação para cada espécie e, principalmente, a interação com visitantes. No último dia 18, a Prefeitura do Rio de Janeiro inaugurou o seu bioparque que deve ser espelhado por todos os demais zoológicos do País.
ENTRAVES
Mais de um ano depois, a morosidade para isso tornar-se realidade física, motivado ainda pela repercussão do lançamento do BioParque do Rio, o vereador José Roberto Martins Segalla (DEM) obteve informações de que o nosso Zoo está com “restrições orçamentárias”.
O parlamentar questionou se havia falta de dinheiro, até porque o Fundo do Zoológico Municipal possui R$ 5 milhões em caixa, mas o entrave, segundo apurou, foi de dificuldades nas licitações. “Foi nos informado que as licitações estão sendo impugnadas. Devido a isso e a outras perguntas não respondidas, acionamos a prefeitura, via Artigo 18, para esclarecimentos à Câmara”, informa o vereador. Até o fechamento desta edição, a prefeitura não havia esclarecido ao JC se alguma licitação havia tido um entrave e por qual motivo.
PARADO
Outro problema no Zoo é a longa demora na construção do restaurante. A obra, conforme o JC vem noticiando, está parada após execução de apenas 30,90%. O investimento é de R$ 749.924,45 e a M&K Engenharia, que iniciou o trabalho, abandonou a obra. Já a lanchonete está concluída, assim como a loja de souvenir.
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