Carpinejar explicou que a nossa nação enxerga a morte como um tabu, e que muitas vezes a enxergamos como uma rival do emprego, frisando que o nosso maior dilema nos últimos tempos foi “manter o emprego ou morrer.”
Para o escritor, um dos caminhos para compreender e encarar a tragédia dessa pandemia é entender o que de fato aconteceu. “Se reconhecermos que as pessoas que morreram, morreram por uma falta de prevenção coletiva, por uma vacinação tardia, você tem motivos razoáveis para entender a morte. Mas, se boicotarmos tudo o que testemunhamos, vai continuar negando e fugindo dela”, pontuou.
Nas redes sociais, onde se comunica com frequência com seus fãs e leitores, Carpinejar teve contato com diversas histórias de perda e relatou que cada uma delas o tocou profundamente.
Para aprender a lidar com todas as dores e más notícias tão comuns nesse período, as palavras foram uma de suas maiores companheiras. Carpinejar ouviu muita música, dedicou um bom tempo à leitura e usou da terapia.
Esses dias de isolamento também lhe foram bastante produtivos na área profissional. Desde março de 2020, foram quatro trabalhos publicados: “Colo, por favor!”, no início do isolamento social; “Coragem de viver”, em homenagem à sua mãe; “Carpinejar”, uma coletânea de poemas; e “Depois é nunca”.
No entanto, agora ele está dando uma pausa nas escritas, mas esperamos que retorne logo porque essa, assim como todas as suas outras reflexões, são alimentos de qualidade para a nossa alma nos dias de luto ou alegria.
A publicação original você encontra aqui.