O Dia do Luto: um momento de reflexão sobre perdas
Por AUOnline
O dia 19 de junho é celebrado como o Dia Nacional do Luto, geralmente associado à morte, mas esse sentimento também pode surgir de outras perdas significativas, como uma separação, uma mudança drástica ou a perda de algo que fazia parte de uma determinada realidade.
De acordo com a psicóloga Mariana Mari, especialista em psicologia hospitalar e mestre em psicologia, a morte em nossa cultura é muitas vezes vista como um fracasso, algo a ser evitado a todo custo, o que é impossível. Em contraste, culturas orientais têm uma visão diferente sobre a morte.
A psicóloga afirma que é complicado classificar quais lutos são mais ou menos dolorosos, mas um dos fatores determinantes na forma como o luto é enfrentado é a relação que a pessoa tinha com quem faleceu. Ela ressalta a importância de não pular a etapa do luto, pois uma relação saudável e bem estabelecida é crucial para ressignificar a perda.
Embora lutos prolongados ainda sejam comuns, Mari adverte que isso não é saudável. A maioria das pessoas não precisa de tratamento para superar o luto, mas aqueles que já têm dificuldade em lidar com perdas podem precisar de acompanhamento profissional.
Neste Dia do Luto, Mari destaca que a perda mais dolorosa e complicada costuma ser a de filhos, devido à culpa que os pais sentem, acreditando que poderiam ter feito algo para evitar a morte.
A Conscientização sobre a Própria Morte
Antigamente, quando um paciente tinha uma doença grave e pouco tempo de vida, era comum que médicos e familiares ocultassem a proximidade da morte. Nos últimos anos, essa prática mudou. Hoje, o paciente tem o direito de saber sobre sua condição, o que permite que ele tome decisões informadas sobre seu tratamento.
O Dia Nacional do Luto serve como um momento para refletir sobre a natureza multifacetada do luto e a importância de enfrentá-lo de maneira saudável, buscando apoio quando necessário e valorizando as relações significativas que ajudam a ressignificar a perda.
