Luto não deve ser encarado como algo a ser resolvido; veja como superá-lo
Matéria original publicada pelo New York Times
Embora muitos sejam capazes de falar sem rodeios sobre a morte, ainda temos muito a aprender sobre como lidar sabiamente com sua consequência: o luto –a reação natural à perda de um ente querido. Poucas pessoas sabem o que dizer ou fazer que seja realmente útil para um parente, amigo ou conhecido que se encontra de luto. Na verdade, relativamente poucos que sofreram uma perda dolorosa sabem ajudar a si mesmos.
Dois novos livros de psicoterapeutas que trabalharam extensivamente no campo da perda e do luto estão repletos de histórias e orientações que podem ajudar tanto quem sofre quanto quem tenta evitar muitas das armadilhas e mal -entendidos ligados a perda de alguém querido. As duas obras tentam corrigir pressupostos falsos sobre como e por quanto tempo o luto pode ser vivenciado. Um livro, “It’s OK That You’re Not OK” [É Ok Você Não Se Sentir Ok, em tradução livre] , de Megan Devine, tem o revelador subtítulo: “Conhecendo a perda e o luto em uma cultura que não os compreende”. Ele é fruto da perda trágica de seu marido, que se afogou aos 39 anos, quando a família estava em férias. O outro livro, especialmente esclarecedor ao falar sobre como as pessoas lidam com diferentes tipos de perdas, é “Grief Works: Stories of Life, Death and Surviving”[Reflexões Sobre o Luto: Histórias de Vida, Morte e Sobrevivência, em tradução livre], de Julia Samuel, que trabalha com famílias enlutadas em sua clínica particular e no Serviço Nacional de Saúde da Inglaterra. Os livros compartilham a mensagem mais reveladora. Nas palavras de Julia, “não existe certo ou errado no luto; nós precisamos aceitar qualquer que seja a forma que ele tome, em nós e nos outros”. Reconhecendo que a perda é uma experiência universal, Megan acredita que “se pudermos começar a compreender a verdadeira natureza do luto, podemos ter uma cultura mais útil, amorosa e apoiadora”.
O luto precisa ser respeitado As duas autoras enfatizam que o luto não é um problema a ser resolvido ou solucionado. Pelo contrário, é um processo a ser zelado e vivido em qualquer forma e duração que assuma. “O processo não podeser apressado por amigos ou familiares, por mais bem-intencionado que seja o desejo de aliviar a angústia da pessoa enlutada”, escreveu Julia. “A recuperação e o ajuste podem levar muito mais tempo do que a maioria das pessoas percebe. Precisamos aceitar a forma que ele toma, em nós e nos outros.”
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