O precioso significado da Páscoa

Por Raphael Balbinot Junior para Revista Futura

 

Pelo texto de Êxodo 12, podemos ver que a páscoa era celebrada no dia 14 de nisã, o primeiro mês do calendário judaico.

Segundo o Livro de Êxodo, capítulo 12, quando haveria de ocorrer a décima praga sobre o Egito, que foi a morte de todo primogênito, desde os homens até aos animais, Moisés recebeu o comando de Yahvé no sentido de orientar o povo hebreu a separar por famílias um cordeiro, que deveria ser separado no décimo dia do primeiro mês do ano, até ao décimo quarto dia, quando deveria ser abatido e seu sangue aspergido nos umbrais das portas das casas dos hebreus e, segundo foi revelado a Moisés, o anjo da morte que haveria de visitar todo o Egito naquela noite, veria o sangue e passaria por cima daquela casa, sem causar qualquer perda de vida naquela família.

A palavra páscoa significa passagem por cima; por isso que o cordeiro foi chamado o cordeiro pascal.

Com o aumento da influência dos bispos de Roma, pelo fato de ela ser a capital do mundo daquele tempo, Vítor, que era bispo daquela cidade, mas figura na lista dos papas, mudou a páscoa para um domingo, o que gerou muita polêmica entre os bispos e foi causa de grande crise na igreja, já que Vítor queria que houvesse uma decisão conciliar excluindo as igrejas da Ásia Menor porque não aceitaram a mudança da data da páscoa.

Realmente, houve três concílios que trataram do assunto, o de Cesaréia, do Ponto e das Gálias, mas a intenção de Vítor foi frustrada, pois as igrejas do Oriente não foram excluídas, embora tivessem os concílios mantido a mudança do dia 14 de Nisã para um domingo, sem se importar se esse domingo coincidia ou não com o dia 14 de Nisã.
No curso da História perdeu-se inclusive o significado da páscoa, que deveria ser um tipo, um sinal da morte de Jesus em lugar da nossa morte, como está escrito em Romanos 6:23, “o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna por Cristo Jesus”.
A mudança da data da páscoa, de 14 de nisã para um domingo, levou o povo cristão a comemorar a ressurreição em vez da morte sacrificial de Jesus como o Cordeiro de Deus.

Foi o próprio Senhor que nos ensinou a lembrar da Sua morte na Páscoa, pois foi comendo a última páscoa com Seus discípulos que instituiu a Santa Ceia, chamada de Eucaristia pela Igreja Católica, (ver Mateus 26:17 a 28), quando lhes disse: “fazei isto em minha memória”. Entende-se que quis dizer “não mais em memória da saída do Egito”.
Mas a mudança de data ainda causou outros desvios de rumo, como, por exemplo, a mudança de um cordeiro que devia ser comido pela família com ervas amargas, mudado hoje de cordeiro para coelho e de coelho para ovo, e de ervas amargosas para Chocolate.

Sabem de onde vem a ideia do ovo de páscoa? Vem de uma doutrina esoterista chamada de Ovo Cósmico, adotada por vários ramos reencarnacionistas que admitem, por essa doutrina, que o universo é como um grande ovo que tem tudo dentro dele, que todas as coisas fazem parte de um grande todo que chamam também de Matriz Universal. Essa ideia quer dizer que todas as coisas se completam, até o bem e o mal fazem parte de uma coisa só e se completam. E tem mais desdobramentos perigosos para a fé cristã, como por exemplo, se todas as coisas fazem parte de uma coisa só, o diabo é o outro lado de Deus, o homem e a mulher são um mesmo ser, de modo que o homem não tem de ter uma mulher com ele, mas uma mulher nele, e por aí vai. Pensa que é invenção do autor deste artigo? Estou fazendo referência a fontes que conheço e cito como verdadeiras artimanhas contra a fé cristã.

Para essa doutrina, o ovo representa a renovação da vida, pois o ovo tem em si o gérmen da vida e assim, dizem que ele representa a ressurreição. Daí vêm os ovos de páscoa, que muitos querem ver neles o símbolo da ressurreição.

A revista Seleções, de abril de 1998, trouxe um artigo sobre os ovos de páscoa e diz o seguinte: “No Cristianismo, como em quase todas as religiões, o ovo reveste-se de significado simbólico. Ele tem sido a identificação do princípio de uma nova vida e da vitória do sol sobre as trevas. O artigo referido continua dizendo o seguinte: “O que nos revela o ovo de páscoa? A renovação da vida, pois Cristo ressuscitou…”.(pag.28).

Você pode pesquisar as várias enciclopédias que dizem a mesma coisa.

Concluindo, sugiro que comemoremos verdadeiramente a nossa Páscoa, que é o Senhor Jesus em Sua morte em nosso lugar; alegremo-nos porque o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado. (1ª. Carta de João 1:7). Aleluia!

 

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