“Quanto mais histórias as pessoas partilharem, mais fortes os pais em luto poderão se sentir”
Por Bárbara Wong Para Público.pt
A filha de 2 anos de Jayson Greene morreu e o jornalista norte-americano escreveu E as estrelas voltaram a brilhar, que o ajudou a sobreviver à morte da menina.
Jayson Greene escreveu E as estrelas voltaram a brilhar depois de ele, a mulher, Stacy, e a família passarem pela morte de Greta, a sua filha ainda bebé. A menina de 2 anos estava na rua, com a avó, quando foi atingida por um tijolo que caiu do parapeito de um prédio, em Nova Iorque. O jornalista e crítico musical escreve sobre o acidente, a dormência e a luta pela vida do casal que perdeu a sua filha única.
O título, editado pela Asa, é um testemunho do luto de um pai e de uma mãe, mas é também uma mensagem de esperança para quem o lê. É possível continuar a viver e a amar depois da morte de um filho? A união de Jayson e Stacy sobreviveu — recorde-se que é frequente os pais acabarem por se afastar e, por vezes, separarem-se —, mudaram de casa e voltaram a ter um bebé. É Harrison, a quem os pais falam com naturalidade da irmã que não conheceu. O PÚBLICO entrevistou o autor por e-mail.
E as estrelas voltaram a brilhar é um romance, uma biografia, um livro de auto-ajuda… Como o define?
Provavelmente, existem muitas maneiras de olhar para o livro, que pode ser usado para auto-ajuda. De certa forma, escrevi-o para me ajudar. No entanto, para mim, este é um livro de memórias. Para ser um bom livro de auto-ajuda devia ter sugestões claras e isso não acontece neste livro onde conto a história da minha família o melhor que consigo. Quando lemos um livro de memórias, mergulhamos na vida de outra pessoa e era isso que esperava que os leitores pudessem fazer. É por essa razão que leio livros de memórias, porque quero sentir como é a vida de outra pessoa, o que tenho a aprender com ela. Mas o que posso aplicar à minha vida só depende de mim.
A dada altura, no livro, escreve: “Odeio famílias felizes.” Ainda as odeia?
Isso foi um momento de amargura, um momento na minha jornada de luto quando ainda estava nos estágios iniciais da dor. De facto, quando gritei “Odeio famílias felizes”, naquela sala de apoio ao luto, tive permissão para deixar sair aquele sentimento, de o reconhecer em mim.
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