Brasil, Noruega e Japão inspiram o Festival de Artes Cênicas de Bauru

Por JCNet

Evento gratuito em sua sétima edição, o Face será realizado de 1 a 15 de setembro em vários pontos; lema deste ano é ‘Lugares de Resistência’

Imagem reproduzida Facebook @facebauru

Imagem reproduzida Facebook @facebauru

Em sua edição de número 7, o Festival de Artes Cênicas (Face) de Bauru começa no sábado, 1-9, e vai até dia 15, inclusive com uma peça internacional no dia 6/9, no Espaço Protótipo: chama-se “A-Project” e está a cargo do artista norueguês Eivind Reierstad.

Com apoio do Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo (ProAc), o festival oferece suas atividades gratuitamente. A retirada de ingressos deve ocorrer uma hora antes de cada espetáculo (e no local da apresentação).

O Face reúne apresentações de teatro, dança, circo e performance, além de oficinas e bate-papos, destacam os divulgadores. O tema deste ano do festival é “Lugares de Resistência”, que reflete um momento de tensão, lutas, e a arte vem para trazer diversas reflexões sobre o assunto.

ARTE MÚLTIPLA

Segundo Fábio Valério, um dos idealizadores e coordenadores do Face, a ideia é pensar a arte como resistência, sendo que ela se manifesta de várias maneiras – esteticamente, poeticamente, através da política, do gênero etc.

“Devemos identificar a poesia que resiste dentro desses lugares de resistência”, avalia. “Então, neste ano, o festival vai trazer espetáculos com esta temática. Vemos que a resistência é algo que se manifesta muito além da política, e o festival quer mostrar, através da arte, como cada grupo configura sua resistência”.

HIROSHIMA

O Face faz diálogos com diferentes linguagens das artes cênicas, como o teatro documental. Uma peça que trabalha com esta linguagem e que é destaque da programação deste ano é a da Cia Nagai Produções, de São Paulo, com “Os três sobreviventes de Hiroshima “, que será apresentada no dia 8/9, às 20h, no Teatro Municipal.

A peça traz a Bauru três sobreviventes reais da bomba atômica de Hiroshima – Takashi Morita, Kunihiko Bonkohara e Junko Watanabe – que relatam ao vivo suas experiências de vida, da Segunda Guerra Mundial, da imigração para o Brasil e dos dias atuais.

O roteiro se desenvolveu a partir da coleta e organização dos relatos dos sobreviventes trabalhando com o conceito de teatro-documental).

DA NORUEGA

Outro destaque fica para o trabalho do artista norueguês Eivind Reierstad, que vem da Noruega para Bauru para apresentar “A-project”, no dia 6/9 em duas sessões: às 19h e às 21h, no Espaço Protótipo.

“A-project” é uma série de investigações de coletivos culturais, através de um número de reações de vários rituais ocultos, símbolos e procedimentos de encenação que correspondem a uma política específica ou questão social.

Cada projeto recebe um número (A-project nº 1, 2, 3 etc.) e são independentes, mas ainda assim conectados dentro do contexto da apresentação como um todo. A montagem do norueguês faz diálogo com a cultura afro-brasileira.

ÂNGULOS

Vale ainda conferir o trabalho da Kiwi Companhia de Teatro de São Paulo, no dia 14/9, às 20h, no Sesc, com a apresentação de “Fome.doc”.

Inspirado nas técnicas e princípios do teatro documentário, o espetáculo é um trabalho cênico que discute, sob diferentes ângulos, a fome no mundo.

O 7º Face ainda reapresenta espetáculos que foram sucesso em edições passadas, como “Bicho Transparente”, que retrata o tema do feminicídio, e “Preâmbulo”, que trata da busca constante por identidade e a solidão que um artista vive dentro do processo criativo.

Se interessou pelo evento? Confira outras informações aqui.

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