Como acolher um profissional que vive um momento de luto na sua empresa?

Por Site Laços Corporativos

De que forma você, como gestora ou gestor, ou sua empresa lida quando um profissional perde um ente querido? Como lidam com o seu luto? Algumas empresas não se atentam muito a essa questão, mas o fato é que a dor da perda interfere diretamente no comportamento, nas emoções, ações e atitudes do enlutado dentro e fora do ambiente corporativo.

startup-593341_1920Devido a isso, uma boa gestão de pessoas deve ter em pauta, atuações para, não apenas o luto, mas também a perdas e dificuldades pelas quais os funcionários venham enfrentar ao longo período que estiverem na empresa.

Algumas ações em relação ao luto, além daquilo que é estipulado por Lei, podem constar nas estratégias e políticas da empresa. Ser mais humano, ter empatia ao próximo e entender as dificuldades enfrentadas nesse momento, são muito valorizados por toda a equipe.

Fazer-se presente

Alterações emocionais podem ocorrer a qualquer pessoa e a qualquer momento, independente do motivo. Por isso, o gestor de RH mantendo-se presente e próximo aos colaboradores, muitas vezes até conhecendo com certa profundidade as particularidades de cada um, como a família, sonhos, dificuldades e anseios, conseguem perceber como agem em relação a esses fatores, enquanto estão em horário de expediente.

Isso não é um suporte psicológico, mas uma forma de identificar, por meio da atuação dos próprios colaboradores, se há algo fora do normal. No caso do luto, esse apoio será imprescindível no processo de retomada das atividades e tarefas diárias do funcionário enlutado, conforme as suas possibilidades.

Preze pela privacidade do colaborador de luto

Ainda que seja importante que os colegas de trabalho saibam do ocorrido, para que entendam algumas mudanças em seu comportamento e nas ações da empresa em relação a ele, sua privacidade nesse momento é fundamental. Cada pessoa lida com essa dor de maneira diferente e é muito importante respeitá-lo.

Por isso, apenas informe na empresa sobre o ocorrido, se tiver a autorização do colaborador enlutado. Com sua permissão, avise por e-mail sobre a morte do familiar, com o horário e local da cerimônia de enterro, junto com as atuações extras que fazem parte da cultura da empresa, como por exemplo o envio de uma coroa de flores para o velório.

Respeito à dor

thought-4577996_1920Nos primeiros quinze dias após o óbito do ente querido, é comum que o colaborador apresente sinais de tristeza, apatia, insônia, falta de ânimo e de apetite, e baixa produtividade. Nesse sentido, é importante respeitar esse período e prestar apoio com atitudes positivas como:

  • Dividir temporariamente, algumas tarefas do profissional de luto, entre as outras pessoas da equipe.
  • Caso seja um tipo de trabalho que demande viagens de negócios, envie outro colaborador, também capacitado, para realizar tal negociação.
  • Mude, temporariamente, o enlutado de setor ou tipo de serviços para atividades e tarefas que não exigirão muito do seu desempenho.
  • Caso seja possível, disponibilize horários mais flexíveis de expediente ou trabalhos home office para que o colaborador retome sua rotina com mais tranquilidade e perto da família.

Auxílio psicológico

Por estar mais próximo ao trabalhador de luto, a presença do RH é fundamental para manter o apoio por meio de conversas pontuais, para que o mesmo não tenha receio em perder o emprego devido às alterações temporárias que foram citadas acima. Deixe claro para ele que são soluções realmente temporárias, até que ele se sinta confortável na retomada de suas atribuições.

Essas conversas serão importantes também para observar seu comportamento ao longo do primeiro mês após o falecimento do familiar, e, com empatia e sensibilidade, ao perceber que há um agravamento dos sintomas do luto, oferecer apoio psicológico para assim prevenir uma eventual depressão.

O suporte através de uma terapia com um psicólogo, que em muitos casos é indicado e pago pela própria empresa, irá amparar o colaborador a lidar da melhor forma possível com a sua perda, sem que precise ser afastado da corporação. Isso será um incentivo potencializador para a retomada das suas atividades normais, sejam elas profissionais ou pessoais.

Todo esse desvelo por parte da empresa, junto com a solidariedade das outras pessoas da equipe, acalenta o enlutado para que ele se sinta mais seguro em relação ao seu emprego, intensificando seu comprometimento e produtividade junto à organização.

 

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