Dica de Leitura: O Brilho do Bronze

O BRILHO DO BRONZE, DE BORIS FAUSTO.

O autor Boris Fausto durante a adolescência cultivou o hábito de escrever um diário e que foi deixado de lado e colocado no lixo pouco tempo depois como  uma brincadeira de adolescente que não valia  a pena guardar. Passados mais de 60 anos do descarte do diário, o autor, após uma união de 49 anos, se vê de luto, com saudade e atravessando o luto da viuvez.

E é nessa fase que atende o impulso de escrever um novo diário, que como o próprio afirmou em entrevistas era para ser intimo, compartilhado com alguns poucos. Quando pessoas amigas leram, o autor resolver dar chance a escrita e prosseguir na tarefa.

Nas páginas do diário, o viúvo descreve Cynira, seu amor, a lápide, as letras na lápide, as visitas ao cemitério. E nos leva ao entendimento que superar o luto é lembrar-se de quem morreu, não o contrário. Em certa passagem, no primeiro mês do desaparecimento da esposa, ele afirma: “Mas é melhor escrever falecimento do que morte. A morte é definitiva, o nunca mais, o never more. Falecimento lembra desfalecimento, saída de cena temporária, o que combina melhor com essa passagem…”

No decorrer da leitura existem relatos sinceros e cheios de amor sobre a travessia do luto.

Ficha técnica

Título
O Brilho do Bronze – Um Diário

Autor
Boris Fausto

Editora

Sesi

País de Origem

Brasil

Compartilhe